FILME AMA GLÓRIA ABRE O FESTIVAL DE CANNES 2023

O filme Ama Glória, da realizadora francesa Marie Amachoukeli, que contou com participação da atriz principal cabo-verdiana Ilça Zego, foi escolhido para abrir o festival de cinema de Cannes 2023, que acontece no mês de maio, em França. A atriz é natural da Calheta São Miguel enfermeira e mãe de três filhos, viajou para França em 2014, numa turnê de espetáculo, e 2015 fixou residência naquele país europeu.

Em declarações à Inforpress, Ilça Zego recordou que tudo começou quando viu uma publicação desta produtora que procurava pessoas para fazer parte do filme que ia ser rodado. Sem hesitar, procurou a produtora e, através do “casting”, assumiu o papel da atriz principal do filme que foi selecionado para abertura do festival de cinema Cannes 2023.

Destacando que a emoção é tanta e que nem consegue descrever o que vai na alma, a artista adiantou que esta participação foi “inesquecível” e que quer aprimorar e trabalhar mais nessa área, que é uma paixão de infância.

Por ser um dos eventos mais prestigiado e divulgado no mundo a atriz conta que representa um sentimento enorme, porque representa um sonho, retribuição de esforços, responsabilidade, ainda afirma que a partir de agora deve estudar mais o teatro e o cinema.

Segundo explicou, esta longa-metragem abre a porta para a língua cabo-verdiana, pois, conforme elucidou, esse filme é narrado tanto em crioulo como em francês, o que leva o crioulo cabo-verdiano para o outro “patamar”.

“O filme Ama Glória conta a história de Cleo, que tem apenas seis anos de idade. Ela ama loucamente a sua Ama, Glória, que a tem criado desde que nasceu, porque perdeu a mãe ainda bebé. Mas a Glória teve que voltar urgentemente para Cabo Verde para estar com os filhos. Antes de sair, Cleo pede-lhe para manter a promessa de vê-la novamente, o mais rápido possível. Glória convida-a para conhecer a sua ilha e a sua família, para passarem um último verão juntos”, contou mesma fonte.

A protagonista reforçou ainda que essa história foi baseada na vida real da própria realizadora, uma história que homenageia e retrata a vida de uma Ama(babá) que trabalhou com ela, mas que não é uma cabo-verdiana, embora retrate também a vida dos emigrantes quando saem de Cabo Verde à procura de uma vida melhor num outro país.

Já participou como atriz no filme de Gil Moreira e Claudino Moreira, onde assumiu o papel de Maria. Ainda contou que fez também o papel de “Nhaba”, no filme de Tikai.

De referir que uma parte deste filme foi gravada em Cabo Verde, precisamente no Tarrafal de Santiago, e a estreia da mesma no país será anunciada brevemente, informou essa atriz.

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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