Altos comandantes do exército israelita sublinham que as tropas estão a preparar-se para “missões de seguimento” e que a ofensiva terrestre em Rafah continua em cima da mesa. A imprensa internacional refere que a retirada israelita está relacionada com a necessidade de aliviar os reservistas, depois de quase quatro meses de combates intensos.
A retirada israelita do sul da Faixa de Gaza não significa o fim das operações militares e foi feita por razões “táticas”: altos comandantes do exército israelita sublinharam que as tropas estão a preparar-se para “missões de seguimento” e que a ofensiva terrestre em Rafah continua na agenda, apesar das dúvidas dos aliados de Telavive, nomeadamente dos EUA.
Em Rafah, estão 1,5 milhões de pessoas, na maioria deslocados que deixaram as casas noutras regiões da Faixa de Gaza para escaparem à ofensiva de Israel.
A imprensa internacional refere que a retirada israelita estará relacionada com a necessidade de aliviar os reservistas, depois de quase quatro meses de combates intensos na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, e que não representa qualquer alteração de estratégia.
“Não há necessidade de ficarmos em Khan Younis. A 98.ª Divisão desmantelou as brigadas do hamas em Khan Younis e matou milhares dos seus membros. Fizemos tudo o que podíamos aqui”, disse ao jornal israelita Haaretz um alto responsável do exército.
A saída das tropas israelitas de Khan Younis poderá permitir aos palestinianos deslocados o regresso à cidade, que está, porém, praticamente dizimada.
“O Hamas deixou de funcionar como uma organização militar em toda a Faixa de Gaza”, declarou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. “A tropas saem [de Khan Younis] e preparam as missões de seguimento.
Vimos exemplo destas missões na operação no Shifa e também na missão que se aproxima na área de Rafah”, afirmou o governante israelita.
Israel deixou também um aviso ao Irão: o líder supremo iraniano afirmou que “as embaixadas israelitas deixaram de ser seguras”, sugerindo retaliação após o alegado ataque de Israel à embaixada do Irão na Síria, e o chefe do Estado-Maior israelita veio entretanto assegurar que “as Forças de Defesa de Israel sabem como lidar com o Irão”.
Fonte: EURONEWS