O Governo reconheceu hoje, na cidade da Praia, a necessidade de “agir com urgência” para reformar os sistemas alimentares e torná-los mais justos, sustentáveis e inclusivos. Estas declarações foram feitas pelo ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, na abertura da conferência intitulada “Direito aos alimentos para uma vida e futuro melhores”.
Promovida pelo Ministério da Agricultura e Ambiente e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO – sigla em inglês), o evento acontece em celebração do Dia Mundial da Alimentação que se assinala anualmente a 16 de Outubro.
Em representação do ministro da Agricultura e Ambiente, Alexandre Monteiro, avançou que a fome não é apenas a ausência de comida no prato, é também o efeito de desigualdades estruturais e da ausência de políticas eficazes.
“É por isso que devemos agir com urgência e determinação para reformar os nossos sistemas alimentares e torná-los mais justos, sustentáveis e inclusivos. A solução existe e todos nós, enquanto indivíduos, comunidades e governos, temos um papel a desempenhar”, exortou.
“Sabemos que um sistema alimentar sustentável não se constrói da noite para o dia, mas todos os dias que adiarmos essa transformação são dias em que milhões de pessoas continuam a sofrer”, completou.
Para o governante, torna-se essencial incentivar o debate sobre reformas institucionais e políticas para promover sistemas alimentares sustentáveis.
O governante defendeu ainda a necessidade de promover práticas agrícolas sustentáveis que protejam o ambiente e, ao mesmo tempo, garantam a produção suficiente de alimentos.
Alexandre Monteiro destacou, igualmente, a necessidade de políticas que apoiem os pequenos agricultores que reduzem as desigualdades no acesso a recursos.
Por outro lado, afirmou que o país tem feito progressos significativos graças à implementação de políticas assertivas e à cooperação com outros países e organizações internacionais.
Entretanto, reconheceu a existência de grandes desafios como a eliminação da pobreza extrema, a promoção de sistemas alimentares sustentáveis e saudáveis e a luta contra a malnutrição.
O apelo é para a reforma institucional e política, a fim de promover práticas agrícolas sustentáveis que respeitem o meio ambiente e garantam a produção de alimentos para as gerações futuras.
Por seu lado, o representante interino da FAO, David Matern, num discurso dirigido às autoridades e aos cidadãos, enfatizou a importância de cada um assumir a sua responsabilidade na construção de um futuro onde o direito à alimentação seja garantido.
Para isso, sublinhou, os governos precisam integrar esse direito nas políticas agro-alimentares, assegurando acesso igualitário a alimentos nutritivos e seguros.
Para o período de 2023 a 2027, a FAO reafirma seu compromisso com a agricultura e a alimentação saudável, enfrentando os desafios da segurança alimentar.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver