A ONU está a apelar a um cessar-fogo imediato, uma vez que não há lugar seguro para os civis. António Guterres utilizou, pela primeira vez, o artigo 99.
Continua a intensa ofensiva aérea e terrestre de Israel na Faixa de Gaza. As forças israelitas estão a operar no coração da cidade de Khan Younis, onde os combates são casa a casa.
O Hamas estará a recorrer a bombas improvisadas para causar vítimas e abrandar o ataque.O conflito, que provocou a deslocação de quase dois milhões de palestinianos, agrava diariamente as terríveis condições humanitárias do território.
A ONU está a apelar a um cessar-fogo imediato, uma vez que não há lugar seguro para os civis.Os hospitais continuam a receber os feridos, mas estão sobrecarregados e muitas vezes só podem dar o tratamento mais básico a feridos graves.
O Ministério da Saúde de Gaza declarou que 1.207 palestinianos foram mortos desde o fim do cessar-fogo temporário, no início do mês, e que 70% dos mortos são mulheres e crianças. Com o número de mortos a aumentar, o abastecimento de alimentos a escassear e milhares de deslocados a ficarem destituídos de meios de sobrevivência, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, avisou que “a lei e a ordem em breve entrarão em colapso total” em Gaza.
António Guterres utilizou pela primeira vez no seu mandato um procedimento raro, o artigo 99 da Carta das Nações Unidas, que lhe permite “chamar a atenção” do Conselho de Segurança para uma questão que “possa pôr em perigo a manutenção da paz e da segurança internacionais”. De acordo com vários diplomatas, o Conselho de Segurança deverá reunir-se na sexta-feira para analisar este recurso.
Fonte: Euronews