As execuções judiciais no Irão aumentaram 75% em 2022, com 582 enforcamentos, de acordo com duas organizações de direitos humanos que denunciam uma “máquina assassina” destinada a “incutir medo” no país.
Mohammad Mahdi Karami e Seyyed Mohammad Hosseini, estes apenas dois nomes que integram o número de detidos executados recentemente pelas autoridades iranianas.
As execuções judiciais aumentaram 75% em 2022 em comparação com o ano anterior, de acordo com um novo relatório de duas organizações de defesa de direitos humanos.
Pelo menos 582 pessoas foram condenadas à morte no ano passado. Trata-se do número mais elevado desde 2015 e significativamente acima da média dos últimos 15 anos.
Os números aumentaram durante um ano no qual se assistiu a uma explosão de protestos anti-regime seguidos de repressão de segurança e judicial.
As manifestações eclodiram em Setembro após a morte sob custódia policial de uma jovem acusada de violar os rígidos códigos de vestuário islâmicos.
Os grupos de defesa dos direitos humanos Iran Human Rights (IHR) e Together Against the Death Penalty (ECPM) dizem que quatro pessoas foram executadas durante os protestos nos últimos meses de 2022 e mais de uma centena enfrentam possíveis penas de morte.
A maioria das pessoas executadas no ano passado foram condenadas por acusações relacionadas com drogas e homicídio.
Fonte: Euronews