O projecto Zé Luís Solidário, entregou mais de dois mil cestas básicas, para famílias cabo-verdianas, em todas as ilhas, que vivem em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar.
O fundador e presidente, cujo nome foi atribuído ao projecto, Zé Luís Martins, informou que além das tradicionais cestas básicas, já transferiu no total de 38 pessoas para tratamento no Senegal e em Portugal, adiantando ainda que se encontram neste momento 12 pessoas ao cuidado do projecto.
Segundo a mesma fonte, as ajudas são distribuídas com auxílio e por meio de actuações dos representantes do projecto “que fazem a ligação entre Cabo Verde e os Estados Unidos” onde centraliza a maior parte das campanhas de doações feitas pela associação, lembrando que “caso precisem de apoio, devem recorrer directamente aos representantes ou a página oficial Zé Luís Solidário”.
Focado em ajudar as famílias mais desfavorecidas a superar os obstáculos relacionados “maioria das vezes” com problemas de saúde, explicou que o projecto tem dado o seu contributo em vertentes como educação e habitação, tendo o último, reabilitado seis casas e construído “de raiz” quatro casas nas ilhas de Santo Antão, Fogo e Brava.
Apesar dos avanços, Zé Luís Martins alertou que, devido ao elevado número de pedidos, o projecto “não tem condições para atender a todos”, derivado dos “parcos recursos”, acrescentando que dependem da ajuda das pessoas, principalmente dos emigrantes.
Num dia, avançou, já chegaram a receber 100 pedidos, a maioria, como esperado, para consultas gerais, oftalmologia, Tomografia Axial Computadorizada (TAC), que custam no Hospital Agostinho Neto (HAN) 10 mil escudos.
Valores superiores para “pagamento de passagens” para evacuações internas, entre ilhas, e a mais solicitada, pedidos de apoio para viagens ao Senegal, do qual, ressaltou, devem garantir “estadia, alimentação e consultas” para os pacientes e os familiares.
Zé Luís Martins disse que, embora o projecto tenha feito um “óptimo trabalho”, o Governo não reconhece, lamentando o facto de este ter-se reunido com outras associações cedendo apoios às mesmas e “negligenciado o trabalho” do projecto Zé Luís Solidário.
Lembrou ainda que sobrevive por meio de doações de terceiros e que necessita de “criar meios para garantir o sustento”, por isso, para “mudar este cenário” apelou ao Governo a “ajudar” a associação a reunir as condições necessárias.
Fonte: Infopress // Ad: Redação Tiver