Capital moçambicana viveu dia de enorme tensão na segunda-feira após os protestos convocados pelo candidato presidencial, Venâncio Mondlane. País continua em suspenso, enquanto aguarda os resultados oficiais das eleições. Missão da UE aponta irregularidades no sufrágio.
O dispositivo policial mantém-se, mas Maputo acordou esta terça-feira mais calma do que nas horas passadas. Na segunda-feira, a polícia realizou disparos e utilizou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, que se reuniram para protestar contra a morte de Elvino Dias e Paulo Guambe, membros da campanha do candidato presidencial Venâncio Mondlane.
Os manifestantes arremessaram pedras e queimaram pneus, com a violência dos protestos a fazer mais de uma dezena de feridos. Além de Maputo, foram ainda registados distúrbios em várias cidades moçambicanas.
Além do repúdio pelo duplo homicídio, os protestos foram também uma resposta dos apoiantes de Venâncio Mondlane aos resultados preliminares das eleições de 9 de outubro, contestados pelo candidato presidencial. Os primeiros resultados apontam para a vitória do candidato da Frelimo no poder, Daniel Chapo.
O país continua em suspenso, uma vez que os resultados oficiais das eleições de 9 de outubro deverão ser conhecidos na quinta-feira.
Fonte: Euronews