Prosseguem as investigações para encontrar dois grupos de mulheres de Arbinda, na região do Sahel, raptadas na quinta e sexta-feira da semana passada, quando tinham ido colher plantas e frutos ao mato.
Ainda não se conhece o número exacto de mulheres desaparecidas. A cifra varia de acordo com os interlocutores. Uma fonte militar menciona “48 mulheres que foram sequestradas por homens armados quando foram buscar água“, e especifica que quatro conseguiram escapar e dar o alarme.
Segundo fontes locais, o sequestro aconteceu em duas fases. Na primeira fase, na quinta-feira, um primeiro grupo que saiu de Arbinda para ir buscar água e plantas para cozinhar foi raptado, provavelmente de jihadistas.
No dia seguinte, na sexta-feira, antes do alerta ser dado, outro grupo de mulheres também partiu para o mato com os seus filhos pelos mesmos motivos, teriam sofrido o mesmo destino. Alguns conseguiram voltar a Arbinda para dar o alarme. “Existem operações de busca na área, mas essas mulheres ainda não foram encontradas“, disse um cidadão local.
O abastecimento de Arbinda não é regular porque este município sofre frequentemente com bloqueios de grupos armados. Um funcionário de uma ONG que actua na região explica que os sequestros fazem parte da estratégia de grupos terroristas armados e usam os reféns como “escudos humanos” e como “escravas sexuais”.
Até ao momento, os raptos não foram reivindicados, mas esta área é um campo de acção para os jihadistas do Jnim, o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, ligado à Al-Qaeda.
Fonte: Rfi