METEOROLOGIA ALERTA PARA RISCO DE EXTREMOS EM MOÇAMBIQUE

Os serviços meteorológicos moçambicanos avisam que o país deve preparar-se para seca nas regiões centro e sul, a par de chuvas acima do normal no Norte com a formação do fenómeno natural El Niño, devido à sua localização na África Austral. Conforme avança o climatologista Bernardino Nhantumbo.

Devido à sua localização na África Austral, Moçambique está exposto a “impactos significativos” do fenómeno que se forma no Oceano Pacífico e com influência em todo o globo, disse à Lusa Bernardino Nhantumbo, climatologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) de Moçambique.

A Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA anunciou na quinta-feira que se tinha iniciado um novo El Ninõ, que consiste em temperaturas mais quentes do que o normal na superfície do oceano Pacífico equatorial e que ocorre aproximadamente a cada dois a sete anos.

“Dependendo da sua severidade e da ação dos fatores meteorológicos locais, podemos ter situações de seca na zona sul e centro do país”, acrescentou.

Bernardino Nhantumbo disse que não é possível prever quando é que a estiagem vai afetar o país e por quanto tempo, porque se trata de “um fenómeno progressivo”.

Assinalando que o pico das chuvas em Moçambique acontece entre dezembro e fevereiro, aquele climatologista declarou que a quantidade de precipitação e a gestão hídrica que se fizer nesse período serão importantes para a mitigação do impacto do El Niño.

“Se nós tivermos alguma perturbação [em termos de chuvas anormais] nesse período, os impactos setoriais são severos”, em domínios “como a agricultura, gestão dos recursos hídricos e produção hidroelétrica”, realçou Bernardino Nhantumbo.

Fonte: Lusa // Ad: Redação Tiver

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