MINISTRO DO MAR NEGA ABANDONO DO SECTOR DE PESCA EM SANTIAGO NORTE 

O ministro do Mar refutou a acusação do presidente da Coopesca de que o Governo abandonou o sector das pescas na região de Santiago Norte e garantiu haver preocupação do Executivo com o equilíbrio regional.

Abraão Vicente mostrou esse posicionamento ao ser confrontado no Mindelo, com declarações do presidente da Cooperativa dos Pescadores, Peixeiras e Armadores de Santiago Norte (Coopesca), José Rui de Oliveira, que assegurou que o sector das pescas na região “está de cabeça virada para baixo e abandonado pelo Ministério do Mar”. O governante justificou adiantando que se abriu uma linha de financiamento de pesca em que pelo menos seis das embarcações são em Santiago e, por outro lado, já está fechado nos municípios da região o processo para a fibragem de botes semi-industriais, daí que, asseverou, “nunca houve um Governo e nem um ministério que se preocupou tanto com o equilíbrio regional”.

Para ser mais específico, explicou, o Governo não gere a pesca como actividade económica, mas, sim os recursos marinhos.

Quanto à crítica de José Rui de Oliveira de que não há investimentos e de os pescadores e peixeiras não receberem apoios como os agricultores e criadores de gado, o ministro do Mar considerou ser uma “mentalidade de subsistência e sem sentido”, até porque, asseverou, não há condições no País para subsidiar sectores que são sazonais. O presidente da Coopesca também pediu a construção de cais de pesca, sobretudo nas vilas piscatórias de Rincão e Ribeira da Barca, no município de Santa Catarina, projectos que, conforme Abraão Vicente, já foram apresentados ao Banco Mundial, assim como o projecto do porto-estaleiro de pesca em São Marinho Pequeno, mas que, explicou, são processos que demoram muito tempo na montagem financeira e logística.

Respondendo à crítica sobre a demora na fibragem de embarcações em Santiago Norte que está a prejudicar os pescadores, o governante assegurou ser um programa que está a fazer um “sucesso enorme”, mas, o sector industrial responsável pelo trabalho “não está à altura das demandas”.Por exemplo, indicou, em toda a ilha de Santiago há duas ou três empresas que fazem esse trabalho.

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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