AFEGANISTÃO: MULHERES PROIBIDAS DE ENTRAR NAS UNIVERSIDADES

A partir de agora, as mulheres estão proibidas de frequentar as universidades no Afeganistão e há militares à porta dos estabelecimentos a garantir que não o fazem.

A mais recente medida do regime talibã já provocou várias reações de indignação a nível internacional, sendo que o secretário-geral da ONU, António Guterres, diz estar “profundamente alarmado” e que esta interdição terá um “impacto devastador no futuro do país”.

Já há muito caiu por terra a promessa do novo governo de respeitar os direitos das mulheres e da igualdade de acesso à Educação.

“É claramente mais uma promessa que os talibãs quebraram. Desde que chegaram ao poder, temos assistido à redução de espaço para as mulheres, não só na Educação, mas também no acesso a outras áreas, como a participação no debate público”, afirma Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU.

“Os talibãs condenaram definitivamente as mulheres afegãs a um futuro mais sombrio e estéril, sem oportunidades. Nenhum país pode progredir se metade da população ficar para trás. A Educação é um direito humano reconhecido internacionalmente, e é essencial para a estabilidade e o crescimento económico do Afeganistão”, sublinhou Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

As jovens afegãs já tinham sido banidas do ensino secundário. O acesso a espaços como jardins ou ginásiostambém deixou de ser possível. Trabalhar na função pública torna-se raro: as funcionárias são levadas a exercer a atividade a partir de casa, com um salário bastante inferior.

Cada vez mais isolada estará também a pretensão de reconhecimento internacionalque os talibãs procuravam quando tomaram o poder.

Fonte: Euronews

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