Pouco mais de uma dezena de pessoas concentraram-se esta quinta-feira em frente ao Tribunal da Praia para pedir castração física e química para os agressores sexuais, numa manifestação promovida pelo jovem activista Marcelo Semedo.
Em declarações à imprensa, o activista disse que defende a castração física e químicas dos agressores, porque todos estão cientes de casos de abuso sexual, sobretudo contra crianças, que está a aumentar cada vez mais em Cabo Verde e, em consequência disso, “não há justiça” e, caso a justiça actue, “não é de uma forma que consegue igualar, ou seja, que traz a estabilidade para a vítima”.
A medida de castração, na opinião do activista social, pode não ser permanente, mas, por exemplo, até 10 anos, em que se faz uma análise dos resultados e decidir se se estende, ou não, porque é preciso ser uma resposta aos casos que estão a aumentar.
No entender de Marcelo Semedo, tem se falado muito em criar condições para melhor amparar as vítimas, enquanto se esquece de que o problema está nos agressores e que “essa é a real situação do País e é a mensagem que as instituições de direito transmitem à sociedade civil sobre essa problemática”.
Sobre a fraca adesão dos praienses é de opinião que “o povo tem medo de dar voz”, porque “tem medo de autoridades e políticos”, algo que considera como “um grande fracasso da democracia”, porque é preciso ter liberdade de expressão sem medo de ser penalizado.
Fonte: INFORPRESS/CLEUNICE BEASSA