O alto preço dos produtos registados nos últimos tempos em Cabo Verde faz com que as pessoas tenham que se esforçar para garantir as 3 refeições por dia. Muitas pessoas garantiram a nossa reportagem que não tem sido uma tarefa fácil devido à inflação elevada que se regista na Economia Nacional.
Os cidadãos cabo-verdianos têm enfrentado uma situação difícil devido à falta de emprego, à não atualização dos salários e ao aumento dos preços de grande parte dos bens essenciais o que tem afetado o poder de compra da população, sobretudo, das camadas mais vulneráveis.
A nossa equipa fez uma ronda pelo mercado do Platô e Sucupira, onde constatamos que os compradores se queixavam dos preços dos produtos, tanto das hortícolas como da carne, do peixe, lacticínios, farinha, entre outros.
Os aumentos dos preços são iguais para todos e ficam todos com menos poder de compra, mas, esses aumentos não afetam todos da mesma maneira, para alguns é mais um esforço que, com uma ou outra restrição, se acomoda e a vida vai andando. Porém, para quem vive com menos de 13 mil escudos por mês, que já esticava o seu rendimento para fazer face às despesas essenciais, hoje, chegou um ponto que não terá mais por onde esticar e começarão a passar por enormes dificuldades e privações.
De acordo com o mais recente Índice de Preços no Consumidor, elaborado pelo INE, os preços em Cabo Verde acumulam, em setembro de 2022, uma subida de 7,1%, no espaço de um ano. Ou seja, os cabo-verdianos estão a comprar menos, por mais dinheiro.
Tal constitui um risco para a segurança alimentar, sobretudo para as famílias de menor rendimento, bem como a habitação, a água, a eletricidade, o gás e os outros combustíveis e os transportes.
Redação Tiver