O Preço dos fretes de Transporte Marítimo voltou a estaca zero num “volte face”, e jogo de cintura do Governo, após sentir a força do povo cabo-verdiano. Esta medida acontece uma semana após o governo ter anunciado a alteração do custo das tarifas de passageiros e cargas em mais 300 por cento, o que levantou enormes protestos da população, ao mesmo tempo, desencontros entre membros do Governo com o Ministro das comunidades, Jorge Santos a admitir um erro de cálculo, e o Ministro do Mar , Abrão Vicente, a aceitar um retrocesso na decisão do Governo
Jorge Santos reconheceu que houve um “exagero” na atualização do tarifário de transporte marítimo de passageiros e de carga.
Na última quarta-feira, 19, o Governo atualizou o quadro tarifário de transporte marítimo de passageiros e de carga, com um aumento de 20 % para passageiros nacionais e 80 % para os cidadãos não residentes que entra em vigor esta quinta-feira.
Na linha Santo Antão/São Vicente, no caso de transporte de viaturas, passou de 5.400 escudos para 15.250 escudos, medida essa que deixou os proprietários de viaturas de transportes de cargas descontentes.
Segundo avançou o ministro, o aumento no valor a ser pago pelas viaturas não deve ser superior a 15 %.
“Esse aumento exagerado, quase três vezes mais, já foi corrigido também, foi um erro de cálculo, neste momento estão a fazer as correções no tarifário porque houve algumas imprecisões no tarifário, há algumas correções a serem feitas e também a clarificação em termos de regulamentação das tarifas”, esclareceu o governante
Por outro lado, disse ainda que o aumento de preços dos bilhetes para viagens marítimas para não nacionais não se aplica aos emigrantes cabo-verdianos, que constitucionalmente são cabo-verdianos independentemente ou não de terem a documentação cabo-verdiana.
“Nós não podemos diferenciar o preço dentro da diáspora porque a diáspora é Cabo Verde e nacional, por isso que a designação de nacional e não nacional criou a dúvida se a diáspora cabo-verdiana não tendo nacionalidade cabo-verdiana porque uma boa parte não tem, e muitos por limitações legais de alguns países”, acrescentou.
A nível de passageiros, as passagens ficaram 20 % mais caras para os residentes e 80% para os não residente.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver