O Sindicato dos Transportes pediu, hoje, ao vice-presidente do Grupo ETE para provar as suspeições que levantou sobre alegadas sabotagens nos navios da CV Interilhas. O mesmo defendendeu que os marítimos se sentiram “profundamente ofendidos no seu brio profissional”.
Este pedido foi feito em conferência de imprensa pelo líder do Sindicato de Metalomecânica, Transportes, Turismo e Telecomunicações, Tomás de Aquino, em reacção às declarações do vice-presidente do Grupo ETE, que em representação do accionista na CV Interilhas classificou de “anormal” a “sequência de casos, incidentes e avarias” recentes nos seus navios e colocou a “hipótese sabotagem”.
Segundo Tomás de Aquino, a empresa “atravessa um período muito difícil para o desespero dos seus gestores,” mas “os marítimos não podem servir de bode expiatório para justificar o insucesso que se verifica actualmente”.
Por isso, acrescentou, não aceitam que ninguém lance suspeições ou ponha em causa o seu profissionalismo.
O sindicalista exigiu que o vice-presidente do Grupo ETE dê esclarecimentos sobre as suspeições e um pedido de desculpas aos marítimos cabo-verdianos no geral e aos da CV Interilhas em particular.
Para o marítimo Alberto Almeida, “sabotagem é crime e é uma palavra que não existe no vocabulário dos profissionais do mar” e defendeu que “em nenhuma altura vão fazer uma sabotagem contra a sua própria pessoa”, pelo que, sustentou, isso é “um acto de desespero” de quem fez tais afirmações.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver