TC NEGA PEDIDO DE HABEAS CORPUS DE CIDADÃOS ESTRANGEIROS CONDENADOS POR TRÁFICO DE DROGAS

O Tribunal Constitucional informou, esta quinta-feira, que rejeitou a admissão de pedidos de amparo protocolados por dois cidadãos da República de Montenegro e cinco cidadãos brasileiros condenados por crime de tráfico de drogas, no âmbito da operação Alcatraz. Além disso, negou conceder medidas provisórias de libertação requeridas por esses.

Segundo os acórdãos do TC, os juízes entenderam por unanimidade que os recursos, por meio dos quais impugnavam decisões do Superior Tribunal de Justiça, de não lhes conceder‘ habeas corpus’ devido ao alegado decurso do prazo máximo de manutenção em prisão preventiva, foram interpostos muito tempo após expirado o prazo de vinte dias previsto pela lei.

De referir que os cinco brasileiros e dois montenegrinos, com idades compreendidas entre 32 e 66 anos, foram detidos com 5,4 toneladas de cocaína na sua posse no navio pesqueiro de nome ALCATRAZ 1, de pavilhão brasileiro.

Em 2022, foram condenados a 12 anos de prisão cada e foram ainda condenados a pagar custas processuais e foram confiscados todos os bens apreendidos no decorrer da operação realizada numa embarcação de pesca oriunda do Brasil, e que culminou com a detenção dos réus acima referenciados.

Na altura da apreensão, segundo uma nota da Polícia Judiciária, a interceção do navio foi feita em alto mar, a mais de 930 quilómetros do porto da Praia, e foram precisos cinco dias de navegação até chegar ao porto, pelo que não foi possível a sua apresentação a um juiz no prazo legal de 48 horas.

Por esse facto, o Ministério Público ordenou a libertação imediata dos detidos, mas estes foram novamente detidos, “face aos fortes indícios constantes dos autos, da prática dos crimes de tráfico de droga de alto risco e de associação criminosa para o tráfico.”

A operação foi realizada através da Secção Central de Investigação de Tráfico de Estupefacientes da PJ, em conjunto com as Forças Armadas, através da Guarda Costeira, coordenada pelo Centro de Análise e Operações Marítimas – Narcóticos.

Fonte: Expresso das Ilhas // Ad: Redação Tiver

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