A União Europeia, está a trabalhar num sétimo pacote de sanções contra a Rússia, na sequência do anúncio do presidente Vladimir Putin de que apoiará quatro referendos dos movimentos separatistas na Ucrânia.
O pacote deverá visar cidadãos e setores específicos, tais como a aviação, bem como proibir a exportação de tecnologia essencial à indústria.
À margem de uma visita à Universidade de Princeton, nos EUA, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que as sanções estão a atingir os objetivos.
“Vemos que o setor financeiro na Rússia está em estado crítico. A indústria russa está nas últimas. É muito interessante analisar o setor militar que tem agora muita dificuldade em repor o que é necessário para as forças armadas, têm falta de tecnologias atualizadas. Eram fornecidas por nós e deixaram de ser entregues porque há uma proibição das exportações”, disse a chefe do executivo europeu.
“As peças sobressalentes estão em falta. Vemos agora que os russos estão a desmantelar os frigoríficos e as máquinas de lavar loiça para obterem semicondutores que possam ser usados no setor militar. Basicamente, o Kremlin colocou a economia russa no caminho para o desaparecimento”, acrescentou von der Leyen.
a Comissária Europeia para a Energia, Khadri Simson, disse que o novo pacote de sanções não deverá incluir o setor energético.
Contudo, continua em estudo definir um eventual teto para o preço do gás importado da Rússia, uma ideia que desagrada a vários Estados-membros.
“A energia já foi um setor visado por várias sanções e pessoalmente acredito que é necessário introduzir um teto máximo para o preço do gás russo. (Ao contrário de outros combustiveis) ainda não temos sanções para o setor do gás”, disse a comissária.
“É injusto que a Rússia esteja a manipular o fornecimento e tente compensar parte do corte no volume de exportação através de preços mais elevados. tudo isto é devido às suas próprias acções”, acrescentou.
Na Assembleia-geral da ONU, o chefe da Política Externa da UE, Josep Borrell, culpou a Rússia por arrastar o mundo para uma recessão e uma crise alimentar globais. A par das sanções, Borrell disse que a UE apoiará processos no Tribunal Penal Internacional para garantir que haverá justiça para as vítimas do regime russo.
Fonte: Euronews