A taxa de pobreza situou-se em 28,1% em 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas. Segundo esta estimativa do INE, as zonas urbanas são as mais atingidas.
Conforme o INE, as estimativas indicam que entre 2015 e 2019, a pobreza diminuiu em 7,5 pontos percentuais, atingindo 27,7% em 2019.
Após o início da pandemia, o turismo foi interrompido, resultando num PIB negativo de 19,3% e, como consequência, as estimativas indicam que a pobreza aumentou 3,6 pontos percentuais entre 2019 e 2020, levando aproximadamente 20.700 indivíduos à pobreza, quase revertendo os ganhos na redução da pobreza dos 4 anos anteriores.
Após o declínio relacionado com a COVID-19, o crescimento económico foi retomado em 2021 e 2022, e as estimativas indicam a diminuição da taxa de pobreza, passando de 31,3% em 2020, para 28,1% em 2022, permanecendo ainda acima dos níveis pré-pandemia de 2019.
Em 2015, 61% dos agregados familiares pobres eram liderados por mulheres, contra 39% por homens. Embora esta diferença tenha diminuído até 2019, as estimativas para 2020 e 2022 sugerem que a percentagem de agregados familiares pobres representados por mulheres ultrapassou os níveis de 2015, atingindo 62% e 66%, respectivamente.
Facto que, segundo o INE, mostra que os grupos mais vulneráveis atingidos pela desaceleração económica induzida pela COVID-19 e uma lenta recuperação.
Se entre 2015 e 2019 os agregados familiares pobres estavam quase uniformemente distribuídos entre as áreas urbanas e rurais, com o início da pandemia de COVID-19, as famílias pobres tornaram-se mais urbanas, constituindo 55% das famílias pobres.
Por outro lado, a percentagem de agregados familiares rurais pobres manteve-se consistente.
Fonte: EI // Ad: Redação Tiver