A questão dos transportes em Cabo Verde demanda uma solução de Estado e nunca uma opção dos privados. Esta é a garantia dada pelo consultor em comércio e políticas de desenvolvimento, Amílcar Aristides Monteiro.
Entre avanços e recuos, contradições e manifestações de insatisfação, a questão dos transportes tem feito correr muita tinta.
A decisão tem sido política, enquanto, uma posição de Estado nunca ter sido assumida pelo Executivo cabo-verdiano. A Televisão independente de Cabo Verde na sua ânsia de ajudar os nossos telespectadores a compreender a problemática, procurou entender a opinião de um especialista da área, visto que, estes, nunca foram nem achados, nestas decisões governamentais, de acordo com a opinião que circula na sociedade cabo-verdiana.
Para o Consultor em comércio e políticas de desenvolvimento, Amílcar Monteiro, trata-se de uma questão complexa e que nunca deve ser vista numa perspectiva apenas de subida de preços mas sim, também, em compreender a importância dos transportes para Cabo Verde, e que modelo deve funcionar no arquipélago.
A ineficiência começa perante a questão de as ligações serem feitas por barcos não optimizados nem às condições do mar, nem as da economia das ilhas, da população de cada ilha, dos portos, entre outros aspecto como as de cada rota, devem ser tidos em conta, também, de uma forma mais estratégica.
Se a questão é técnica questiona-se o porquê de os que compreendam da matéria não serem ouvidos nesta questão que é tão cara aos cabo-verdianos. Não existe uma solução única, havendo sim vários princípios no dizer no nosso interlocutor Levando em consideração um princípio basilar de que em Cabo Verde, os transportes marítimos não é um negócio para o privado, por várias razões, no entendimento de Amilcar Monteiro, sendo o que salta à vista é o aspecto estrutural.
Para Amilcar Monteiro a questão da previsibilidade tem de ser vista numa optica de que gera, também, o crescimento económico. Para criar a eficiência ainda, segundo o nosso analista, deve-se ter em conta a questão da rota frequente, por exemplo entre Praia, e S. Vicente, barcos que não são aquilo que chamou de carcaças velhas a percorreram 19 horas. entre as duas principais cidades do país.
Sugeriu um investimento do Estado a longo prazo, e após isto seguir o modelo de co-exploração com os privados. Há que levar para a mesa a necessidade de uma Optica de Estado para se pensar questões de fundo, sendo que na sua opinião transporte a nível do privado, em lucro por carga transportada, é inviável para Cabo Verde, sendo que não existe escala, não há mercado o que, na sua opinião não gera pujança económica, acabando por não ser solucionável por decreto ou por força de quem estiver no poder. “é um problema técnico que tem que ser resolvido tecnicamente” rematou Amilcar Monteiro para quem os políticos em Cabo Verde devem aprender a ouvir.
Redação Tiver