CONSTRUTOR NAVAL SONHA PERPETUAR ESSA ARTE POR OUTRAS GERAÇÕES

O jovem construtor naval da zona de Salamansa, Jerry Soares, almeja que essa arte tão bonita e com futuro possa conquistar outras gerações ainda mais da sua comunidade, formada na sua génese de pescadores. Há cerca 10 anos decidiu abraçar com força a profissão de carpinteiro naval, uma oportunidade que lhe apareceu após ter abandonado os estudos no 6º ano e ingressado como aprendiz numa oficina de carpintaria/marcenaria.

Há cerca de 10 anos, que já é corriqueiro Jerry Soares levantar-se cedo, todos os dias, e tomar caminho da antiga central eléctrica da zona de Salamansa, actualmente denominada Oficina de Botes de Salamansa.

Entretanto, quis o destino que o pai, chefe de uma família de pescadores, perdesse o bote e todos os outros acessórios num acidente e Jerry ficou incumbido de ajudar o carpinteiro que iria fazer um barco novo para a família, por forma a tornar os custos do investimento menores.

Após dois anos, em 2015, Jerry começou a trabalhar por conta própria e neste momento já perdeu a conta de quantos botes, entre os quatro e os 8,5 metros, construídos para a sua comunidade, dentro da ilha de São Vicente, e muitos outros para as outras ilhas, faltando-lhe somente encomendas da Brava.

Mas, da sua parte, diz-se totalmente aberto para ensinar a quem for ver a continuidade deste trabalho e dessa geração, porque, afiançou, que se essa geração morrer, Cabo Verde também vai abaixo.

Como incentivo, Jerry Soares dá a certeza aos interessados de ser uma profissão rentável, que lhe permitiu hoje, com 33 anos, ter uma empresa em seu nome, assumir todos os seus encargos, inclusive com um filho menor, e até ajudar a sua comunidade, como de apoiar nos custos de transporte da equipa federada de Salamansa, da qual também é jogador, outra profissão que divide com a de carpinteiro naval.

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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