Os acionistas da Cabo Verde Telecom decidem na próxima quarta-feira sobre a fusão das três operadoras do grupo estatal de telecomunicações móveis e fixa, Internet e televisão por subscrição.
Entre outros pontos, os acionistas serão chamados a votar o “projeto de fusão da CVTelecom, CVMóvel e CVMultimédia” e a proposta da alteração dos estatutos da CVTelecom.
Esta intenção já tinha sido avançada à Lusa, em janeiro último, pelo presidente da CVTelecom, garantindo que o processo não envolverá despedimentos.
A fusão “vai representar uma grande facilidade na vida do cliente consumidor, que passará a ter uma única fatura, que passará a ter um único interlocutor e quando tiver de resolver os seus problemas não tem de se dirigir às seis empresas separadamente, mas sim a uma única empresa”, garantiu.
Por outro lado, o presidente do conselho de administração do grupo CVTelecom, que em final de 2020 contava com mais de 400 trabalhadores, assumiu que não estão previstos despedimentos com esta fusão.
A CVTelecom contava com participações avaliadas no final de 2020, no relatório e contas do grupo, em 817 milhões de escudos em várias empresas, nomeadamente na CV Móvel (rede de telecomunicações móveis, 100%), CV Multimédia (televisão por subscrição e internet, 100%) e a Directel Cabo Verde (Páginas Amarelas, 40%).
A maioria do capital social do grupo CVTelecom é detida pelo Instituto Nacional de Previdência Social, em 57,9%, contando ainda com a estatal Aeroportos e Segurança Aérea (20%), a Sonangol Cabo Verde (5%) e o Estado de Cabo Verde (3,4%) entre os acionistas, como privados nacionais (13,7%).
A operadora, a maior do país e que atua na área das telecomunicações móveis, fixas, de internet e televisão por subscrição, registou um crescimento de 10,5% nos lucros de 2020, para mais de 207 milhões de escudos.
No relatório e contas, o grupo de telecomunicações sublinha o impacto da alteração “e consequente modernização do pacote legislativo do setor”, anteriormente regulamentado pelo decreto legislativo 7/2005, feita já em 2021: “Assume-se como um acontecimento relevante e que trará maior clareza à prossecução das atividades do grupo CVTelecom”.
Fonte: Lusa // Ad: Redação Tiver