“HOMEM DO MASTRO” DIZ-SE CANSADO E COM DIFICULDADES EM ALCANÇAR O TOPO DO MASTRO

Henrique de Pina, 79 anos, diz-se cansado e já com dificuldades em revestir o mastro, que desde os 12 vem vivendo e mantendo viva a tradição do “mastro”, nas três festas da “Bandeira” da ilha Brava. A ilha possui uma forte tradição em termos de Bandeira.

Entretanto, já lá vão algumas décadas que apenas este homem se dedica e tenta manter viva a tradição, e, segundo o mesmo, enquanto tiver vida e conseguir alcançar o mastro que tem cerca de 12 metros de altura vai continuar a vesti-lo.

Conforme contou à Imprensa, a sua ambição e vontade em fazer o mastro despertou aos 12 anos, nos tempos antigos, que recordou como sendo o “tempo de Nho Tui, Nho Totoy, Frank”, figuras que vestiam o “mastro”, em que ele ainda rapazinho, sentava-se no Cutelo, e prestava atenção em cada passo que eles davam para confecionar e vestir o mastro.

Agora, de acordo com o “mastreiro”, nenhum jovem demonstra esta ambição ou desejo em aprender e fazer o mastro, aliás nem mesmo os seus filhos nunca se interessaram em aprender ou mesmo acompanhá-lo no vestir do mastro e hoje, queixou-se de dificuldades impostas pela idade em alcançar o topo, mesmo subindo pelas escadas.

Recordou que quando criança, em todas as festas da “Bandeira”, deslocava-se até o Cutelo, e observava as pessoas a fazerem as “vergas”, ou a estrutura do mastro, depois vestiam-no, e ele, subia no mastro sem escada e colocava o “mustareu”, pau que é içado à bandeira no fim e, como recompensa, recebia uma canastra (pão em diversos formatos) que levava aos pais.

 Fonte: inforpress // Ad: Redação Tiver

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