Um recente estudo sobre o Impacto da Covid-19 na Educação revelou que a mobilidade de pessoas nas ilhas da Boa Vista e do Sal, bem como na costa ocidental africana, agravou as desigualdades de acesso à educação e dificultou o ensino à distância. A pesquisa teve como objetivo compreender as desigualdades e os problemas sociais enfrentados na educação durante a pandemia, incluindo as perdas de aprendizagem.
A constatação foi feita pela consultora Catarina Delgado, ontem, à margem do workshop da Rede Nacional da Campanha de Educação para Todos (RNCEPT-CV), e no âmbito da “Apresentação do Estudo do Impacto da covid-19 na Educação, nos casos da ilha da Boa Vista e Sal”, uma investigação feita em parceria com o Ministério da Educação e Câmara Municipal da Boa Vista (CMBV).
O estudo procurou entender as perdas e desigualdades no acesso ao ensino à distância, especialmente durante o encerramento das escolas. De acordo com a consultora Catarina Delgado, verificou-se que nem todas as famílias tinham as mesmas condições para acompanhar o ensino remoto, destacando-se as dificuldades de acesso à internet e à eletricidade.
A pesquisa revelou ainda que, o programa “Aprender a Estudar em Casa” implementado pelo governo, que utilizou a televisão e a rádio como principais meios de divulgação dos conteúdos pedagógicos, teve uma adesão limitada devido à falta de cobertura de rede e energia elétrica em algumas áreas. A especialista especificou que com programa “Aprender a Estudar em Casa” institucionalizado pelo Estado, e mesmo com a campanha de oferta de televisão, nem todos tiveram acesso a este equipamento.
Daí que a equipe de consultores do estudo sugere a identificação e integração das pessoas afetadas pela mobilidade constante em programas comunitários, visando proporcionar um novo ambiente escolar para as crianças que acompanham seus pais.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver